sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Referência nos quadrinhos


Tarzan

 Você pode enganar a si mesmo de que teve uma ideia original pura. Mas isso não existe. Tudo é referência. O importante é saber trabalhar com elas.

Filmes, livros, conversas, música, bulas de remédio, placa de trânsito, leia tudo. Quem pretende se formar roteirista tem de ler de tudo: bom ou ruim. Deixa de ser diversão pura e vira pesquisa, mas se não continuar divertido, mude de ramo.

Seu tio, aquele personagem da história que você adora, podem ser referência para personagens, por exemplo. A partir das características deles, estudadas por você, vai-se adequando o perfil em função da história. Você cria um personagem original.

Transformar notícias de jornal em histórias, é outro bom exercício. Pegue um gênero como comédia, fantasia, tragédia, e converta aquele artigo policial numa história original. Dê a ela começo, meio e fim. Pronto, você pode ter uma história bacana para inserir os seus personagens.

Entenda que “referência” não se resume à leitura de quadrinhos, muito menos de super-herói. Roteirista de quadrinhos tem de ler muitas HQ, mas tem de ler muita, mas muita, literatura. Não que literatura seja melhor que quadrinhos; é uma comparação burra. Mas literatura vem evoluindo há mais tempo.

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