Batman para mulheres |
Como se apropriar de ideias, criando a sua original? Vamos a
exemplos. Criemos um novo super-herói a partir do Super-Homem. Vai
ser o oposto dele visualmente. Enquanto ele “representa” a luz, o
nosso vai ser as trevas. Para não ser muito óbvio: um novo
alienígena, ele vai ser terráqueo. Vai ser uma espécie de Zorro
moderno. Uma figura sombria. Talvez, um morcego... E chegamos ao
Batman! Agora, vamos transformar este personagem em uma mulher. Será
uma série para o público feminino. Joia. Então, nada de
super-heróis. Será um drama: uma milionária em busca de vigança
pela morte de seus pais. Por quem? Uma inimiga à altura. Outra
milionária. E temos um dos mais novos seriados da tevê paga.
Você já tem os personagens, mas não tem a história. Se esse for o
caso, suponhamos que você tenha criado Dom Quixote e Sancho Pança.
O que eles vão fazer? Bem, vai ser ambientada nos dias de hoje.
Então, vamos adaptar Exterminador do Futuro. Mas a nossa história
não será de ficção científica. Daí, temos um assassino
implacável que surge do nada. Por quê ele quer matar a criança que
Dom Quixote e Sancho Pança vão proteger? Ninguém sabe. É o
mistério da trama. Pronto, temos uma história de muita perseguição
e explosão. Sobre o que ela vai falar? Isso é muito importante que
o roteirista saiba. Essa nossa história vai falar sobre a
persistência, nunca desistir, esperança. Ou adapte outro filme,
quem sabe “O resgate do soldado Ryan”. Os seus Dom Quixote e
Sancho Pança terão quer seguir na busca de um amigo que eles nem
sabem mais se existe. Há muito tempo não o veem. A história será
sobre amizade.
Uma história é uma recontação, e será original na medida em que
você fizer o público acreditar que ela nunca foi contada antes.
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