quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A apropriação de ideias para quadrinhos


Batman para mulheres
 Como se apropriar de ideias, criando a sua original? Vamos a exemplos. Criemos um novo super-herói a partir do Super-Homem. Vai ser o oposto dele visualmente. Enquanto ele “representa” a luz, o nosso vai ser as trevas. Para não ser muito óbvio: um novo alienígena, ele vai ser terráqueo. Vai ser uma espécie de Zorro moderno. Uma figura sombria. Talvez, um morcego... E chegamos ao Batman! Agora, vamos transformar este personagem em uma mulher. Será uma série para o público feminino. Joia. Então, nada de super-heróis. Será um drama: uma milionária em busca de vigança pela morte de seus pais. Por quem? Uma inimiga à altura. Outra milionária. E temos um dos mais novos seriados da tevê paga.

Você já tem os personagens, mas não tem a história. Se esse for o caso, suponhamos que você tenha criado Dom Quixote e Sancho Pança. O que eles vão fazer? Bem, vai ser ambientada nos dias de hoje. Então, vamos adaptar Exterminador do Futuro. Mas a nossa história não será de ficção científica. Daí, temos um assassino implacável que surge do nada. Por quê ele quer matar a criança que Dom Quixote e Sancho Pança vão proteger? Ninguém sabe. É o mistério da trama. Pronto, temos uma história de muita perseguição e explosão. Sobre o que ela vai falar? Isso é muito importante que o roteirista saiba. Essa nossa história vai falar sobre a persistência, nunca desistir, esperança. Ou adapte outro filme, quem sabe “O resgate do soldado Ryan”. Os seus Dom Quixote e Sancho Pança terão quer seguir na busca de um amigo que eles nem sabem mais se existe. Há muito tempo não o veem. A história será sobre amizade.

Uma história é uma recontação, e será original na medida em que você fizer o público acreditar que ela nunca foi contada antes.

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