
Isso não deveria existir. A adaptação tem que ser tratada como um
novo trabalho. O adaptador tem de se apropriar e fazer o seu trabalho
original, como que inspirado pela matriz. Só aí se justificaria a
adaptação. Fora isso, é caça-níqueis.
Como adaptar para HQ

Do meu ponto de vista, a primeira coisa é reduzir a obra toda em uma
frase. Tirar o amâgo dela. O tema. E isso deve ser subjetivo, do
adaptador. É o que ela significa pra você.
Feito isso, extraem-se os personagens, conforme a função dramática
de cada um. Sempre se atentando à funcionalidade do personagem ao
tema. Por exemplo, baseados em arquétipos: protagonista,
antagonista, mentor, catalizador (os quais podem ou não se
confundir). Assim, fidelidade nenhuma aos demais personagens. Fora um
ou outro coadjuvante que tenha alguma aparição marcante, desde que
haja espaço.
Já temos tema e personagens, agora vamos à estrutura da história. É importante
pegarmos cenas marcantes da obra original. São elas: o final e os
dois pontos de virada para cada ato. Se a matriz tiver mais cenas
impactantes, use mais uma ou outra e descarte o resto, sem dó. O
limitador aqui é o seu número de páginas.
Pronto. Veja quantas páginas você tem entre os pontos de virada e a
sequência final, com as poucas cenas marcantes que você escolheu e,
agora, vamos ao ponto: crie a sua história original, conforme o seu tema.

Essas observações valem para tentarmos fazer uma adaptação o mais
próximo do original, sem que fique engessada, o que geralmente
ocorre. Você pode se sentir ainda mais livre e viajar mais. Depende
de você e do resultado que quer obter.
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O quadrinho nos quadrinhos
Roteiro para quadrinhos
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