Ilustração de André Diniz para MSP+50 |
Quarta-feira 26 de outubro, o quadrinista André Diniz deu uma
oficina de roteiro como parte dos eventos da Kingcon 2011, organizado
em parceria entre o site Omelete e a loja Fnac, em São Paulo. Diniz
é roteirista e desenhista de HQ e autor e ilustrador de livros
infanto-juvenis, ganhador de diversos prêmios. Lançou recentemente
Morro da Favela e Cachoeira de Paulo Afonso.
CONCEITOS
Ele listou três conceitos importantes para o roteirista:
1. Foco
Tem que se conseguir resumir sua história em uma frase. Enquanto
isso não acontecer, você não sabe sobre o que é sua história.
E toda a narrativa tem que contribuir para o foco. Sem se perder em
situações inúteis para a trama.
2. Mostrar
Devemos ser capazes de mostrar, e não ficar explicando ou sendo
didático. O leitor é capaz de pensar. Um personagem se revela pelas
suas ações, não pelo que diz que faz.
3. Síntese
Use o mínimo de texto. Evite repetição, falando apenas o
necessário.
Reduza os personagens ao mínimo necessário, ainda que se trate de
adaptação ou uma história real.
Se uma HQ de 200 páginas pode ser contada em 50, conte em 50.
PROCESSO CRIATIVO
A seguir, ele tratou das etapas do processo criativo.
1º. Ideia
Faça um “brainstorm” antes de começar. Despeje no papel tudo o
que queira tratar, fatos, frases, ideais.
2º. Sinopse
Faça um resumo da história, sendo sintético. Coloque tudo lá.
3º. Personagens
Crie seus personagens como pessoas normais, ainda que fantásticos.
Ponha manias neles, suas, de conhecidos.
4º. Ações
Desenvolva a história em ações.
5º Diálogos
Seja sintético. Evite textos explicativos.
Bem, é isso. Apenas um breve apanhado do que foi tratado lá.
Enfatizo que isso foi o que eu absorvi, não eventualemente o que ele
quis dizer.
Provavelmente, o site Omelete disponibilize algum vídeo em breve.
Ah! E o André Diniz está projetando um blog sobre
roteiros.
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