quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O processo criativo de André Diniz


Ilustração de André Diniz para MSP+50

Quarta-feira 26 de outubro, o quadrinista André Diniz deu uma oficina de roteiro como parte dos eventos da Kingcon 2011, organizado em parceria entre o site Omelete e a loja Fnac, em São Paulo. Diniz é roteirista e desenhista de HQ e autor e ilustrador de livros infanto-juvenis, ganhador de diversos prêmios. Lançou recentemente Morro da Favela e Cachoeira de Paulo Afonso.

CONCEITOS


Ele listou três conceitos importantes para o roteirista:

1. Foco

Tem que se conseguir resumir sua história em uma frase. Enquanto isso não acontecer, você não sabe sobre o que é sua história.

E toda a narrativa tem que contribuir para o foco. Sem se perder em situações inúteis para a trama.

2. Mostrar

Devemos ser capazes de mostrar, e não ficar explicando ou sendo didático. O leitor é capaz de pensar. Um personagem se revela pelas suas ações, não pelo que diz que faz.

3. Síntese

Use o mínimo de texto. Evite repetição, falando apenas o necessário.
Reduza os personagens ao mínimo necessário, ainda que se trate de adaptação ou uma história real.
Se uma HQ de 200 páginas pode ser contada em 50, conte em 50.

PROCESSO CRIATIVO


A seguir, ele tratou das etapas do processo criativo.

1º. Ideia

Faça um “brainstorm” antes de começar. Despeje no papel tudo o que queira tratar, fatos, frases, ideais.

2º. Sinopse

Faça um resumo da história, sendo sintético. Coloque tudo lá.

3º. Personagens

Crie seus personagens como pessoas normais, ainda que fantásticos. Ponha manias neles, suas, de conhecidos.

4º. Ações

Desenvolva a história em ações.

5º Diálogos

Seja sintético. Evite textos explicativos.

Bem, é isso. Apenas um breve apanhado do que foi tratado lá. Enfatizo que isso foi o que eu absorvi, não eventualemente o que ele quis dizer.

Provavelmente, o site Omelete disponibilize algum vídeo em breve.

Ah! E o André Diniz está projetando um blog sobre roteiros.

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