No
livro “Manual de Roteiro - Ou Manuel, o primo pobre dos manuais de
Cinema & TV”, de Leandro Saraiva e Newton Cannito, eles trazem
um debate interessante sobre a grande ideia.
Primeiramente,
deixam claro: se você tem uma boa ideia, você não tem nada. Um
roteiro é feito de várias boas ideias. Só assim para ele se
sustentar.
E
o mais importante, eles destroem o mito da originalidade. Não existe
ideia original pura. Tudo tem origem em punhado de referências, de
histórias que ouvimos, pessoas que conhecemos, narrativas que
gostamos.
Dão
um exemplo bem legal. Seria a criação de uma ideia a partir do
filme Velocidade Máxima, que trata de um ônibus que, se parar,
explode.
Primeiro,
mudaríamos o cenário para o Rio de Janeiro. Ao invés de ônibus,
seria um bondinho. No lugar de Keanus Reeves e Sandra Bullock,
Acerola e Laranjinha - personagens de Cidade dos Homens. Lá dentro,
estariam representantes de diversas classes sociais: uma madame, um
trabalhador, um bandido e tal. Pronto! Seria uma ideia nova.
É
um exercício bacana. Às vezes pego um tema que gostaria de tratar,
mas não sei como. Crio personagens com base em conhecidos meus, daí,
os transporto para um filme que gostei, ambientando no cenário que
gostaria. Dessa forma, vou achando as soluções necessárias.
Claro
que o processo de criação é de cada um. É apenas uma dica.
Daí,
vemos que tudo o que precisamos é de referências. Quanto mais
referências, mais boas ideias teremos. É ler de tudo, assistir a
tudo, observar tudo. Copiar e transformar. Sempre anotando aquelas
coisas que chamam mais a atenção, pois confiar na memória é um
equívoco.
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